segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Boêmia da noite ao dia

A noite chega despercebida
abraçada ao tédio, dando risada.
Quando bares exalam alegria
esperando do boêmio as rimas afinadas.
Ficar em casa que nada
botar o pé na estrada.

Já bem pertinho chegando
ao encontro de abraços amigos
a felicidade toma conta
passando a fio nunca despercebido
nos bares, deixa o recado de ponta a ponta.

A fina garoa bar a fora
na mesa mais conhaque
junto piadas e risos
dar-se-ia o aparte
este será agora.

Separar dos amigos
para ao lado olhos ao flerte
nos azuis acesos acerta de prima
do loiro franzido de lírios
beleza de mulher menina.

Açucarada seduzia os sabores
criou-se surdo sarcasmo
terminada com intensos labores
o boêmio encosta-se com entusiasmo.

Então arrepiado com o cheiro
do cítrico perfume faz-se excitante
aguçando os sentidos
no espelho do banheiro
transtorna o semblante
na conquista usa do charme ao encante.

Já tão embora, bar a fora
o dia por vir clama
a perfeita obra prima
faz para o pintor sua pose
em moldura de uma cama
do boêmio recebe caricias mínimas
ao prazer nos exóticos sabores.

A boêmia da noite acabaria
no quente atrito de corpos sem face
o pudor já se ia, quando
deu-se do rígido prazer no enlace
que persistia enquanto o sol nascia
porém terminaria naquele mesmo dia.

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